sexta-feira, 27 de abril de 2012

sábado, 29 de agosto de 2009

Quixote de bicicleta

"Chamado pelos filhos de “Professor Pardal”, tantas eram suas engenhocas espalhadas pela casa (a tampa aquecida da privada ou um tobogã dentro da sala, por exemplo), o engenheiro industrial Felício Sadalla sempre foi obcecado com a ideia de que as cidades deveriam criar ciclovias. Falava e dava o exemplo: todos os dias, percorria 13 quilômetros até o trabalho, montado numa bicicleta elétrica desenvolvida em sua garagem, há 35 anos. “Eu provavelmente era a única pessoa no país a andar de bicicleta elétrica.”

Mas ele não achava nada extravagante. “É apenas uma simples questão de bom senso.” Para ele, uma bicicleta pesa 20 quilos e carrega sem problemas um ser humano – um carro pesa uma tonelada. “Nada é tão barato, comparado com as rodovias e metrô, do que abrir uma ciclovia.” Sem contar a óbvia economia de combustível, reduzindo a poluição.

A bordo de sua invenção, Felício sentia-se isolado como uma espécie D. Quixote urbano. Por isso, ficou emocionado com a notícias recebida, no mês passado, no dia de em que completou 81 anos. “Fiquei quase cinco noites sem dormir direito.” Com tanta agitação, o médico recomendou-lhe repouso fora de São Paulo.

Vindo do Mato Grosso, quando tinha 4 anos, Felício fez parte de uma das primeiras turmas da FEI ( Faculdade de Engenharia Industrial) e se especializou na Inglaterra. Poliglota, falava sete línguas, e um dos seus prazeres era vasculhar sebos. De volta ao Brasil, montou sua empresa e sempre acompanhou as experiências do carro elétrico desenvolvido no Brasil pelo empresário Amaral Gurgel, de quem era amigo pessoal. “O motor não funcionava direito para o carro.” Ajudou a adaptar um motor híbrido, combinando eletricidade e gasolina – também estar em seu currículo ter ajudado o navegante Amir Klink.

Fez a sua bicicleta elétrica, acreditando que as cidades deveriam construir uma alternativa urgente aos automóveis. Mas sentia que ninguém prestava atenção – a modernidade se traduzia nos carros ou no metrô.

Com a idade avançada, a bicicleta ficou encostada. Mas não ficou parada. Uma seguradora (Porto Seguro) já usava bicicleta para oferecer socorro aos seus segurados e soube do modelo desenvolvido por Felício. Decidiu estudar a possibilidade produzir em série, contratando ume escritório de design. Felício dava as dicas sobre o motor, sem qualquer preocupação com patente.No dia aniversário, ele recebeu a notícia do início da produção brasileira das bicicletas elétricas para circularem em São Paulo, com motor ecológico.

Na data de seu aniversário, se comemorava os 40 anos que o homem pisou na lua. Foi um dia tão marcante que Felício que aquela viagem espacial era um bom jeito de festejar sua bicicleta."

Gilberto Dimenstein

terça-feira, 10 de junho de 2008

Uma simples opção

Se uma lâmpada fluorescente economiza 85% de energia, por que ainda utilizamos incandescentes?

Por que se ela produz entre 50 e 100 lumens por watt contra cerca de 15 lumens da lâmpada "normal"?

Qual a razão se as fluorescentes duram, no mínimo, 10 mil horas - podendo chegar a 20-, enquanto as incandescentes têm sua durabilidade em torno de mil horas?

A resposta às perguntas poderia ser o preço - cerca de 8 vezes mais caras. Porém, se pensarmos na durabilidade, na eficácia, na economia, ela acaba saindo muito mais barato. É bastante óbvio quando as informações são apresentadas.
Penso, então, que o problema é a falta de conhecimento, mais uma vez.
Acabo de ler na Casa Cláudia deste mês que o consumo das lâmpadas fluorescentes no Brasil já chega a 50%. Muito bom, mas e os outros 50%?

*** Para quem for trocar, é bom lembrar que uma lâmpada fluorescente de 15 watts produz a mesma quantidade de luz que uma lâmpada incandescente de 60 watts.

*** Lumens é a quantidade de luz que a lâmpada emite, uma unidade de fluxo luminoso.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fraldas descartáveis ou de pano? Eis a questão.

"Alguém conhece uma fralda biodegradável??? Não seria o caso de voltarmos para as de tecido? Estou falando sério!"

Este comentário à postagem "Você sabe..." me fez lembrar do programa "Um lar de deperdício" (No waste like home, título original), uma produção inglesa que atualmente está fora da programação do GNT.
A apresentadora, Penney Poizer, visita uma casa onde o desperdício é berrante e propõe metas para redução nos gastos de maneira geral, ensinando e dando dicas.
Em um dos programas, o problema da fralda descartável foi mostrado, como sempre, da maneira mais dramática. Os donos da casa foram chamados ao jardim, onde um caminhão despejou o equivalente ao uso em um mês, se não me engano, de fraldas. Imaginem uma caçamba cheia de fraldas na sua porta.
Depois, Penney fez o casal cavar um buraco e aterrar as fraldas usadas em um dia para demonstrar o que acontece depois que nos descartamos delas. Ou seja, aquelas coisinhas lindas e perfumadas vão parar sob nossos pés e ali permanecem por - pasmem! - 450 anos!
Pesquisando (santo Google!) , descobri que a fralda biodegradável já foi inventada - em 1991, na Austrália. O problema é que só chegou aos Estados Unidos em 2006, custando 14 dólares o pacote com 32 (o equivalente à 40 fraldas normais). Por aqui parece não estar disponível. Seu tempo de decomposição é um ano.

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No programa, Penney propõe o uso de fraldas de tecido no dia-a-dia, utilizando as descartáveis somente em determinadas ocasiões. E quando usá-las, retirar os "resíduos sólidos" e jogá-los no vaso sanitário. Só depois, o destino é o lixo.
É um assunto pouco discutido ainda, mas realmente acredito ser necessário sua divulgação. Ou melhor, sua divulgação com muita informação, porque a barreira a ser quebrada deve ser grande.
Poderia dar mais informações sobre a questão das fraldas de pano X fraldas descartáveis, mas em minha pesquisa, encontrei este blog interessantíssimo (vou até colocar um link para ele aqui ao lado). Todas as perguntas que gostaria de fazer sobre o assunto estão lá.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Problema?

"Problema é aquilo que tem solução. Deficiência é deficiência. Enquanto não houver o domínio das células-tronco ou de alguma outra tecnologia, não tem como 'consertá-la' (a filha Luísa). Ora, o que não tem solução não é problema." (Do BlogTalk)

Precisa dizer mais alguma coisa?
Problema quem causa é a gente.
Visitar o blog é aprender, só isso.
Simples.

sábado, 5 de abril de 2008

Você sabe...

... quanto tempo um toco de cigarro demora para decompor-se?
Lamentáveis 10 anos.

domingo, 16 de março de 2008

Depende de cada um

Um velho índio descreveu, certa vez, seus conflitos internos:
"Dentro de mim existem dois cachorros: um deles é cruel e mau, o outro e muito bom e dócil. Os dois estão sempre brigando..."
Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:
"Aquele que eu alimentar".


Uma versão interessante para o livre arbítrio.